15 junho 2021 [1]
Sabia que aquele lugar era assustador. Corredores extensos em um ambiente escuro e certamente empoeirado. Carregava um notebook nos braços, próximo ao corpo, e esperava o momento em que algo catastrófico aconteceria. Tomava, pouco a pouco, consciência de que estava um escape game. Tateava paredes em busca de algo que não conhecia ainda. Uma alavanca. Olhou mais atentamente e percebeu que era uma dessas fitas de persiana. Dedicou tempo enquanto vagarosamente permitia que a sala fosse inundada pela luz do crepúsculo. O cenário que antes se apresentava amedrontador ia se tornando inofensivo. Encontrou uma mesa alta e um banco. Repousou o notebook. Sacou um smartphone e entrou em contato com alguém. Este alguém apresentou uma saída. A tensão da iminência do desconhecido havia desaparecido.